Mais de metade das famílias portuguesas têm animais em casa. Há mais de 3 milhões de animais de estimação registados no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC). 90% são cães, mas houve um aumento acima de 100% nas inscrições de gatos no último ano.
Estes números mostram que os animais estão a ganhar cada vez mais espaço dentro das habitações, verificando-se, ainda, que a grande maioria das famílias os considera como membros e parte essencial das suas vidas.
Os animais de estimação podem ajudar a reduzir o stress, baixar a pressão arterial e aumentar a interação social e a atividade física. Os animais podem de igual forma ter um efeito surpreendente sobre os sintomas de depressão e sentimentos de solidão.
Estudos mostram ainda que os animais de estimação para idosos, especialmente os cães, podem desempenhar um papel na redução do risco de doenças cardiovasculares, também conhecidas como DCV.
Vários estudos confirmam os inúmeros benefícios dos animais de estimação para os idosos, tais como:
– Diminuem a perceção de dor: vários estudos apontam para o impacto positivo das intervenções assistidas por animais na diminuição da percepção da dor, tanto na dor pós cirúrgica, como na dor crónica.
– Hábitos de comportamento saudáveis: os idosos que possuem um animal de estimação desenvolvem uma rotina, portanto, sentir-se-ão mais confiantes para completar as tarefas diárias.
– Reduz o sedentarismo: os idosos têm a oportunidade de aumentar a sua atividade física e frequência de exercício ao fazer caminhadas e interagir com o animal de estimação.
– Propósito de vida: ter um animal de estimação dá aos idosos uma razão para se levantarem de manhã, melhorando o seu estado mental.
– Aumenta a interação: para os idosos que possuem um cão, por exemplo, passeá-los regularmente aumenta a oportunidade de socializar com outros indivíduos.
– Diminuem os níveis de ansiedade e stress: os animais de estimação ajudam a aumentar os níveis de serotonina (vital na regulação do humor e na sensação de bem-estar) e a acalmar a ansiedade.
– Ajuda no combate à solidão: aumentam a perceção do apoio social e melhoram a sensação de solidão, por exemplo em idosos que vivem em lares.
À medida que os idosos envelhecem, podem começar a sentir-se cada vez mais desconectados daqueles que os rodeiam. A oportunidade de visitar a família e amigos pode diminuir, o que pode levar à solidão.
Considerando que pessoas que convivem com animais de estimação tornam-se mais felizes, tranquilas e saudáveis, confira os mais adequados para a terceira idade:
– Gatos: não exigem passeios diários ou atenção constante, tornando um gato uma boa opção para os idosos.
– Cães: conhecidos como fiéis companheiros, os cães são ótimos para idosos que gostam de caminhadas diárias e responsáveis por estimular a interação social, principalmente daqueles que vivem isolados. Existem programas de Intervenções Assistidas por Animais (IAA), constituídas por Cão e Humano, como a Terapia Assistida por Animais – uma intervenção com objetivos específicos, realizada por profissionais de saúde, em que o cão é considerado parte integrante do processo terapêutico.
– Coelhos: assim como os gatos, os coelhos também se dão bem dentro de casa e gostam de usar uma caixa de areia. Além disso, eles geralmente gostam de aconchegos.
– Peixes: os peixes precisam apenas de um pequeno aquário de água doce que seja fácil de manter, tornando os peixes um animal de estimação fácil de cuidar.
– Pássaros: para quem tem pouca mobilidade, cuidar de aves pode ser uma excelente alternativa. São indicados para fazer companhia principalmente para idosos que têm dificuldade em cuidar de animais de estimação que exigem mais cuidado e atenção.
Para além de toda a companhia que nos fazem, os animais de estimação proporcionam aos idosos momentos de puro entretenimento e alegria, o que, tudo somado, acaba por ajudar a relativizar dias menos bons e mais difíceis que vão sucedendo.
Torna-se, assim, evidente que a companhia destes animais tão especiais tem um impacto direto na nossa saúde.
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