A Síndrome de Asperger é considerada uma Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) com expressão mais ligeira. Esta síndrome é uma condição que faz com que a pessoa tenha dificuldade para se relacionar e se comunicar com os outros.
Atualmente, as causas das perturbações do espectro do autismo não foram determinadas, embora em quase metade dos casos diagnosticados exista uma componente genética.
Esta síndrome é bastante mais comum do que o autismo clássico. Em Portugal estima-se que existam cerca de 40 mil portadores desta síndrome, que é mais comum nos rapazes do que nas raparigas (cerca de 10 para um).
Principais Sintomas da Síndrome de Asperger
Em Portugal, existem algumas entidades dedicadas a esta realidade, nomeadamente, a Associação Portuguesa da Síndrome de Asperger (APSA) e a CADIn. A APSA, destaca algumas das características mais comuns da Síndrome de Asperger:
– Dificuldades na interação social
– Problemas na comunicação e discurso
– Fixações intensas com determinados temas, como números ou datas
– Comportamentos repetitivos e necessidade de criar rotinas fixas
– Interesses limitados e especiais
– Hipersensibilidade a estímulos sensoriais, como luz, som ou tato
– Descoordenação motora
Segundo a Federação Portuguesa de Autismo, as PEA têm origem no sistema nervoso central. Não existe nenhum marcador biológico que permita identificar o problema e as primeiras manifestações ocorrem nos 3 primeiros anos de vida.No entanto, estes sinais podem não se manifestar neste período, podendo ser mascarados por algumas estratégias de comportamento apreendidas pela criança, e surgirem um pouco mais tarde, quando as solicitações sociais excederem o limite das capacidades.
Diagnóstico da Síndrome de Asperger
O diagnóstico é a identificação formal da condição. Geralmente é realizado por uma equipa de diagnóstico multidisciplinar, incluindo frequentemente um psiquiatra e psicólogo. Como a Síndrome de Asperger varia muito de pessoa para pessoa, fazer um diagnóstico pode ser difícil.
Embora muitas vezes diagnosticada na infância, a síndrome de Asperger não é identificada em algumas pessoas até à velhice. Com o envelhecimento, os idosos que sofrem deste transtorno podem experimentar desafios adicionais nas Atividades de Vida Diária (AVD). A comunicação e a interação social podem tornar-se mais difíceis à medida que as oportunidades de interação com os outros diminuem. Algumas pessoas que sofrem deste tipo de autismo também podem desenvolver transtornos de humor, como ansiedade ou depressão, que podem ser mais comuns na velhice.
Quanto mais precoce for feito o diagnóstico e iniciadas as intervenções para tratamento da criança, melhor pode ser a sua adaptação ao ambiente e qualidade de vida.
Tratamento da Síndrome de Asperger
O tratamento para a síndrome de Asperger tem como objetivo promover a qualidade de vida e a sensação de bem-estar. Assim, é importante que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e, idealmente, ainda durante a infância, para que seja possível obter melhores resultados ao longo do tratamento.
Normalmente o tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, que coordena as terapias de forma a que se complementam ao longo do tempo:
– Acompanhamento Psicológico: estimular o diálogo com alguém “desconhecido”
– Sessões de Fonoaudiologia: estimular a fala e a construção de frases
– Uso de Medicamentos: controlar sinais de ansiedade, depressão, hiperatividade ou défice de atenção.
De uma forma geral, o apoio e compreensão dos familiares e amigos é fundamental, bem como a manutenção de um ambiente estruturado.
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