Esclerose Múltipla na Terceira Idade

Esclerose Múltipla na Terceira Idade

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crónica que afeta o sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas debilitantes. Embora seja mais frequentemente diagnosticada em adultos jovens, a condição também pode surgir ou persistir na terceira idade, apresentando desafios únicos tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde. Neste artigo, exploramos os principais desafios enfrentados por idosos com esclerose múltipla e propomos soluções que podem melhorar a qualidade de vida dessa população.

O Envelhecimento e a Esclerose Múltipla: Uma Conexão Complexa
A esclerose múltipla é caracterizada pela desmielinização dos nervos, que interfere na comunicação entre o cérebro e o restante do corpo. Com o envelhecimento, outros fatores, como a redução natural da reserva neuronal, podem exacerbar os sintomas da EM. Estudos mostram que as pessoas com EM que envelhecem podem apresentar:

1. Maior progressão da doença: A forma remitente-recorrente de EM tende a evoluir para formas progressivas na terceira idade.

2. Sintomas agravados: A fadiga, os problemas motores e a cognição prejudicada tornam-se mais intensos.

3. Comorbilidades associadas: Condições como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares podem complicar o manejo da EM.

Compreender a interação entre o envelhecimento e a EM é fundamental para oferecer cuidados mais adequados aos idosos.

Os Desafios da Esclerose Múltipla na Terceira Idade
A convivência com a esclerose múltipla na terceira idade apresenta desafios múltiplos, desde o impacto físico até as dificuldades emocionais e sociais. Aqui estão os principais:

Diagnóstico Tardio e Subdiagnóstico
Muitas vezes, a EM não é diagnosticada em idosos devido à confusão entre os sintomas da EM e outros problemas relacionados ao envelhecimento, como artrose ou demência. Isso pode levar a:

– Tratamentos inadequados ou tardios.
– Piora na qualidade de vida e progressão acelerada da doença.

Progressão da Doença
Nos idosos, é mais comum que a EM evolua para formas progressivas, que têm menos opções terapêuticas e tendem a causar deficiências mais graves. Essa progressão resulta em:

– Perda de autonomia.
– Necessidade crescente de apoio para tarefas diárias.

Impacto Psicológico
A EM afeta não apenas o corpo, mas também a mente. Nos idosos, os impactos psicológicos incluem:

– Depressão e ansiedade devido à perda de autonomia.
– Isolamento social causado por dificuldades de mobilidade.

Limitações no Tratamento
Muitos medicamentos para a EM foram desenvolvidos com foco em adultos jovens, e faltam estudos abrangentes sobre a sua segurança e eficácia em idosos. Além disso:

– Comorbilidades podem limitar as opções terapêuticas.
– Efeitos colaterais podem ser mais intensos em pessoas mais velhas.

Esclerose Múltipla na Terceira Idade

Soluções e Abordagens para Melhorar a Qualidade de Vida
Embora os desafios sejam significativos, existem soluções que podem ajudar os idosos com EM a viver de forma mais plena e com maior bem-estar.

Diagnóstico Preciso e Precoce
Investir em consciencialização e formação para profissionais de saúde é essencial para reconhecer a EM em idosos. Isso inclui:

– Uso de exames complementares, como ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico.
– Avaliação regular dos sintomas para identificar a progressão da doença.

Abordagem Multidisciplinar
O cuidado de idosos com EM exige uma equipa de profissionais de diferentes áreas, incluindo:

– Neurologistas: Para gerir os sintomas e ajustar os tratamentos.
– Fisioterapeutas: Para melhorar a mobilidade e reduzir o risco de quedas.
– Psicólogos: Para apoiar a saúde mental.
– Assistentes sociais: Para garantir o acesso a recursos comunitários.

Tratamentos Personalizados
Os tratamentos para EM devem ser ajustados às necessidades e às condições de saúde do idoso. Algumas opções incluem:

– Medicamentos modificadores da doença: Utilizados com cautela, considerando os riscos e benefícios.
– Terapias sintomáticas: Para gerir problemas específicos como espasticidade ou dor neuropática.

Promoção da Atividade Física
A atividade física adaptada é essencial para manter a funcionalidade. Benefícios incluem:

– Melhoria da força muscular e do equilíbrio.
– Redução da fadiga e da depressão.
– Prevenção de complicações, como contraturas.

Apoio Psicológico e Social
O suporte emocional e social é vital para reduzir o isolamento e melhorar a qualidade de vida. Algumas soluções incluem:

– Grupos de apoio: Onde os pacientes podem partilhar experiências.
– Aconselhamento psicoterapêutico: Para lidar com a ansiedade e o stress.
– Apoio familiar: Educar familiares sobre a doença para promover um ambiente de compreensão.

Adaptações no Ambiente Doméstico
Adaptar a casa para atender às necessidades do idoso pode prevenir acidentes e facilitar as atividades diárias. Exemplos incluem:

– Instalação de barras de apoio em casas de banho.
– Uso de cadeiras de rodas ou andadores, se necessário.
– Organização de objetos para minimizar deslocamentos.

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A Importância da Consciencialização
Promover a educação sobre a EM na população em geral e entre os profissionais de saúde pode ajudar a identificar e tratar melhor a condição em idosos. Campanhas informativas podem destacar:

– A importância de um diagnóstico precoce.
– Opções de tratamento existentes.
– Recursos de apoio disponíveis, como associações e grupos de pacientes.

A esclerose múltipla é uma doença crónica debilitante, mas com o diagnóstico adequado e um tratamento personalizado, é possível que os idosos vivam com maior qualidade de vida. É fundamental promover a consciencialização, garantir um suporte multidisciplinar eficaz e adaptar o ambiente às necessidades dos pacientes. A combinação de cuidados médicos, apoio psicológico e social, e mudanças no estilo de vida pode fazer uma diferença significativa na vida dos idosos com esclerose múltipla.

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