A dificuldade em engolir alimentos ou líquidos, conhecida como disfagia, é um problema comum entre os idosos, mas não deve ser encarada como algo normal. Se você já presenciou alguém se engasgando durante as refeições, é importante entender melhor essa condição e como ela pode impactar a saúde e a qualidade de vida.
O Que é a Disfagia?
A disfagia é caracterizada por uma alteração na deglutição de alimentos líquidos e/ou sólidos, comprometendo o transporte do bolo alimentar desde a boca até o esôfago. Esse distúrbio pode levar a escolhas alimentares inadequadas, contribuindo para deficiências nutricionais e perda de peso involuntária.
Causas e Fatores de Risco da Disfagia
A disfagia pode ser causada por diversos fatores, incluindo:
- Idade avançada;
- Doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer;
- Alterações cognitivas;
- Doenças oncológicas;
- Saúde oral comprometida;
- Dependência para alimentação;
- Uso de certos medicamentos;
- Apraxia, dificuldade em executar movimentos coordenados.
Estima-se que 10% a 20% dos idosos enfrentam dificuldades para engolir, sendo que 75% dos casos permanecem sem diagnóstico.
Sinais de Alerta: Como Identificar a Disfagia
Os principais sinais de disfagia incluem:
- Engasgos frequentes durante ou após as refeições;
- Tosse ao comer ou beber;
- Sensação de alimento preso na garganta;
- Necessidade de múltiplas tentativas para engolir;
- Perda de peso inexplicada.
Ignorar esses sintomas pode levar a complicações graves, como desnutrição, desidratação e pneumonia por aspiração.
Como Tratar e Gerenciar a Disfagia
O tratamento da disfagia envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo o acompanhamento por médicos, nutricionistas e terapeutas da fala. Algumas estratégias eficazes incluem:
Dieta de Textura Modificada
Uma das principais recomendações para pacientes disfágicos é a adoção de uma dieta de textura modificada, que ajuda a reduzir o risco de engasgos e melhora a ingestão alimentar. Algumas dicas incluem:
- Esmagar alimentos com um garfo para obter uma textura macia;
- Utilizar liquidificadores para garantir uma consistência homogénea;
- Adicionar molhos, leite ou manteiga para maior cremosidade;
- Evitar frutas com sementes (kiwi, morango) ou muito fibrosas (feijão verde, bacalhau, manga);
- Evitar alimentos com consistências mistas, como canja ou gelatina.
Importância da Hidratação
Pacientes com disfagia muitas vezes têm uma ingestão hídrica insuficiente, necessitando de espessantes para ajustar a textura dos líquidos. Além da água, opções seguras incluem infusões, sucos diluídos e águas aromatizadas.
Produtos para Gestão da Disfagia
Para garantir uma nutrição adequada, existem produtos específicos que podem ser utilizados sob supervisão médica:
- Alimentação adaptada: Meritene® Cereal Instant e Meritene® Compota de Fruta Instant;
- Espessantes: Resource® Espesante e Resource® Espesante Clear;
- Suplementos nutricionais: Resource® Crema 2.0, Resource® Dense e Resource® Diabet Dense.
Perguntas Frequentes sobre Disfagia
1. Qual profissional de saúde procurar?
Caso haja suspeita de disfagia, o ideal é consultar um terapeuta da fala ou um médico para avaliação e diagnóstico.
2. Quais adaptações ajudam a reduzir o risco de engasgamento?
Além da dieta de textura modificada, recomenda-se evitar o uso de palhinhas e seringas e utilizar colheres de sobremesa para melhor controle do volume de alimento.
3. Como elaborar uma dieta segura para disfagia?
Seguir orientações do nutricionista e terapeuta da fala é essencial. Utilize alimentos triturados, evite misturas de consistências e priorize ingredientes fáceis de mastigar e engolir.
A disfagia pode afetar significativamente a qualidade de vida, mas com as adaptações adequadas é possível garantir uma alimentação segura e nutritiva. Se você ou um familiar apresentam sinais de disfagia, busque orientação profissional e adote medidas para prevenir complicações.
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