O Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquémico acontece quando um dos vasos do cérebro fica obstruído por um coágulo, impedindo a passagem do oxigênio para as células do cérebro, provocando sintomas como dificuldade para falar, boca torta, perda de força num dos lados do corpo e alterações da visão.
Segundo o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “o acidente vascular cerebral é a primeira causa de morte e de incapacidade permanente em Portugal, afetando o cérebro, podendo provocar uma deficiência súbita, por entupimento (AVC Isquémico) ou rotura (AVC Hemorrágico) de uma artéria cerebral.”
O tipo de AVC mais comum é o Isquémico, o qual acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro. Pode ser provocado por:
– Uma trombose cerebral, quando um coágulo de sangue se forma numa artéria principal em direção ao cérebro.
– Uma embolia cerebral, quando o bloqueio causado pelo coágulo, bolha de ar glóbulo de gordura (embolismo) se forma num vaso sanguíneo em alguma parte do corpo e é levado na corrente sanguínea para o cérebro.
– Um bloqueio nos pequenos vasos sanguíneos da parte mais profunda do cérebro.
Sintomas de um AVC Isquémico
Entre os sintomas mais frequentes salienta-se um conjunto de manifestações comumente conhecido pelos “5 Fs”. São eles:
– Face: dando uma sensação de assimetria do rosto;
– Força: diminuição da força num braço (acompanhada ou não de diminuição de força na perna);
– Fala: dificuldade em ter qualquer tipo de discurso, fala arrastada ou existência de discurso pouco compreensível e sem sentido;
– Falta súbita de visão: alteração da visão ou diminuição abrupta num ou em ambos os olhos ou visão dupla;
– Forte dor de cabeça: dor de cabeça muito intensa e diferente do habitual.
Além do diagnóstico e do tratamento na fase aguda é imprescindível não descurar a reabilitação. A reabilitação tem um papel preponderante a vários níveis: na recuperação funcional, cognitiva e psicossocial; na integração social; na melhoria da qualidade de vida; na manutenção da atividade profissional e no grau de dependência. As consequências do AVC podem ser diversas: dificuldade na mobilização de um membro, alteração de linguagem com dificuldade de expressão ou de compreensão, alteração da visão, alteração da deglutição, alteração do equilíbrio, alteração da sensibilidade, entre outras. Cerca de um terço dos sobreviventes de AVC podem ficar com défice cognitivo e muitos com dor crónica. É importante um plano de reabilitação adaptado às necessidades de cada doente.
A chegada atempada à unidade hospitalar permitirá a realização de tratamentos que apenas são eficazes nas primeiras horas após o início do AVC, diminuindo em cerca de 30 a 50% a probabilidade de morte ou de incapacidade grave.
Tratamento
O tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) depende do tipo e da causa do AVC, bem como da extensão e localização da lesão cerebral. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para minimizar a lesão cerebral e melhorar as chances de recuperação.
Para o AVC Isquémico, o tratamento imediato visa restabelecer a circulação e garantem um melhor fluxo de sangue. A escolha da combinação de fármacos deverá sempre ser realizada pelo médico e administrados o mais rapidamente possível após o início dos sintomas. Os medicamentos mais úteis para o tratamento e prevenção do AVC são os anti-hipertensores, os antiagregantes plaquetários e os anticoagulantes. Em alguns casos, a cirurgia poderá ser fundamental para desbloquear uma artéria entupida. Outras opções de tratamento incluem:
– Aspiração do coágulo (em alguns casos)
– Angioplastia
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